09/05/2017
Por Danilo Evaristo em Notas

Corpo de Bombeiros do RN reforça alerta para prevenção de afogamentos de criança

Corpo de Bombeiros do RN reforça alerta para prevenção de afogamentos de criança

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), em parceria com Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), por meio da campanha “Piscina + Segura”, reforça o alerta para a prevenção de afogamentos, em especial o de crianças. Neste final de semana, uma criança se afogou em uma piscina em um condomínio localizado em Natal. A criança foi socorrida e passa bem.

A ideia da Campanha é que, com cinco medidas simples, os índice de afogamento em piscinas possam ser reduzidos. No Brasil, o afogamento é a segunda causa de morte em crianças de um a nove anos de idade e a terceira entre 10 e 19 anos. A Campanha Piscina Mais Segura foi criada com o objetivo de aumentar a segurança em piscinas e assim reduzir o número óbitos e incidentes, uma vez que elas são responsáveis por 53% de todos os casos de óbitos por afogamento na faixa de um a nove anos de idade.

O capitão Natanael Avelino, comandante do Grupamento de Busca e Salvamento, explica que a Campanha + Segura pretende conscientizar os pais sobre a necessidade de garantir a segurança dos filhos em piscinas públicas e residenciais. “As piscinas são a segunda causa de morte entre crianças de 1 a 9 anos no Brasil. É como se, a cada quatro dias, uma criança morresse afogada. No verão, o intervalo cai para dois dias. O objetivo é vacinar as piscinas contra o afogamento”, alerta o capitão Avelino.

Segundo ele, o número de afogamentos é mais alto nas praias, mas não se pode subestimar os riscos nas piscinas. “Na praia, as pessoas tomam muito mais cuidado com os filhos. E os guarda-vidas são qualificados, o que não acontece em todas as piscinas. Com cinco medidas simples, pode-se evitar 95% dos afogamentos”, garante. O afogamento em piscinas ocorre, na maioria das vezes, de forma inesperada, sempre em situações de lazer e pouquíssimos cogitam a sua possibilidade trágica.

No Rio Grande do Norte, ainda não há piscina que possua a certificação de “Piscina + Segura”. “Não existe legislação que obrigue a certificação dessas piscinas, mas são medidas simples que podem salvar vidas”. Após atender os cinco passos, o proprietário da piscina pode solicitar uma vistoria do Corpo de Bombeiros Militar e de representantes da Sobrasa que forneceram o Selo Piscina + Segura. “Essa é uma ação que será reforçada agora no veraneio, mas que deve ser permanente”.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), quatro crianças até 14 anos morrem afogadas diariamente no Brasil. As estatísticas mostram que 65% dos afogamentos ocorrem ao redor do domicilio e 50% das crianças que morreram afogadas foram vistas minutos antes circulando dentro ou ao redor de casa. O Corpo de Bombeiros alerta a população para ter cuidado ao entrar em lagoas, cachoeiras, piscina e rio. “O cuidado com as crianças deve ser algo coletivo, a sociedade tem que ajudar a zelar pelos pequenos. Um minuto de distração pode provocar uma tragédia”.

A prevenção deve ser constante inclusive no caso de piscinas próprias para crianças. É um erro imaginar que é necessário um grande volume de água para que haja o afogamento. Uma quantidade pequena de água pode ser a causa de afogamento, pois geralmente ele acontece muito rápido e de forma silenciosa. Em caso de emergência, acione o Corpo de Bombeiros Militar pelo telefone 193.

Cinco passos para garantir a diversão

Atenção

Preste sempre atenção aos seus filhos na piscina e mantenha-os à distância de um braço, mesmo com a presença de um guarda-vidas.

Guarda-vidas

Cobre a presença permanente de um guarda-vidas em piscinas coletivas. Embora a profissão ainda não seja reconhecida, há requisitos mínimos que podem ser exigidos do profissional, como cursos de prevenção e socorro aquático.

Urgência ao agir

Aprenda como agir em emergências aquáticas. Se não souber nadar, não tente salvar a criança. O uso de cilindro de oxigênio é restrito ao guarda-vidas e deve estar em local visível e à disposição na área da piscina.

Acesso restrito

Restrinja a presença de crianças em piscinas residenciais com o uso de grades ou cercas, instaladas a uma altura que as impeça de entrarem na área sem estarem acompanhadas de um adulto.

Sucção controlada

Use ralos antissucção e meios de interrupção da bomba da piscina. Para clubes, hotéis e condomínios, a orientação da Sobrasa é adotar sempre ralos antiaprisionamento e um sistema de desligamento da bomba.

Alguns números sobre mortes em piscina

90% dos óbitos por afogamento ocorrem em água doce (piscinas, parques aquáticos, represas e rios).

53% dos afogamentos de crianças entre 1 e 9 anos ocorrem em piscinas.

2º lugar é a posição que o afogamento em piscinas ocupa no ranking dos óbitos de crianças brasileiras entre 1 e 9 anos.

95% dos casos poderiam ser evitados, segundo a Sobrasa, se os pais seguissem os cinco passos que a associação propõe.


0 Comentários

Deixe o seu comentário!

Busca no Blog

Facebook


Twitter


Parceiros