Seca atual em São Paulo é a maior em 45 anos
A seca em São Paulo no último período chuvoso, que vai de outubro a março, foi uma das mais graves já registradas. Segundo dados do IAG (Instituto de Astronomia e Geofísica) da USP (Universidade de São Paulo), esta foi a temporada com menos chuvas desde 1969. É o 13º ano mais seco desde que as medições começaram, em 1934, e também a pior desde a criação do Sistema Cantareira, em 1973.
As análises de falta de chuva dependem dos pontos meteorológicos escolhidos para o cálculo. De acordo com o local onde foi contabilizada a quantidade de chuva, tem-se um resultado maior ou menor para indicar quão severa é esta seca atual. No caso, o ponto considerado para a coleta de dados fica no próprio IAG, cuja sede está localizada na capital paulista. “Os três anos mais secos em 81 anos de dados do IAG USP foram 1941, 1934 e 1964. Lembro também da seca de 1969, quando tinha-se que buscar água de uma nascente próxima. Recebia-se água de caminhão da Prefeitura de Osasco; anterior ao saneamento. Tempo difícil!”, diz Augusto José Pereira Filho, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG/USP.
O professor diz que “até novembro, as chuvas foram bem próximas ou acima do normal. A seca atingiu uma área muito significativa do Sudeste. Na região onde está o posto do IAG/USP e a bacia de interesse [que abastece o Sistema Cantareira], os índices ficaram em torno de 50% abaixo do normal”.
* Uol
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