01/05/2021
Por Danilo Evaristo em Notas

1ª dose da vacina de Oxford dá proteção de 76%; entenda intervalo de 3 meses para 2ª

Foto: FLAVIO LO SCALZO/REUTERS

Diferente da CoronaVac, que tem um intervalo de 28 dias entre as doses, a vacina de Oxford/AtraZeneca permite um distanciamento maior entre a primeira e a segunda injeção: três meses. Mas qual o nível de imunidade obtido apenas com uma dose? A pessoa que for vacinada com a Oxford está segura nesse intervalo de três meses?

O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira da AstraZeneca/Oxford no Brasil, Julio Croda, explica que sim, uma dose da vacina já confere uma porcentagem alta de proteção.

“A eficácia de uma dose da AstraZeneca é bastante elevada. Uma dose da vacina já tem uma eficácia de 76%, superior a 50%, exigidos pela OMS. De 100 pessoas que tomam a vacina, 76 estarão protegidas a partir do 22º dia”, explica Croda.

Entretanto, mesmo com uma eficácia alta, é preciso completar a vacinação com a segunda dose, reforça Croda. “Após a segunda dose, a proteção aumenta. Você sai de 76% para 81% de proteção. [Receber] Uma dose já é muito bom, mas precisa da segunda. Quanto maior for sua proteção, melhor”.

O infectologista também alerta que as medidas preventivas (uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, evitar aglomerações) precisam continuar, mesmo depois de receber a primeira dose.

Atualmente, o imunizante é responsável por 22% das doses aplicadas no Brasil, mas esse número tende a subir. Em maio, a Fiocruz pretende enviar 21,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

Eficácia alta com uma dose

Em fevereiro, um estudo publicado na revista The Lancet apontou que o intervalo maior entre as doses (os três meses) resulta em uma maior eficácia do que um intervalo de seis semanas. Segundo os pesquisadores, uma dose da vacina trouxe 76% de eficácia a partir de 22 dias após a aplicação. E uma boa notícia: a proteção não reduziu ao longo dos três meses. Com a vacinação completa (duas doses), a proteção chega a 81%.

Andrew Pollard, professor da Universidade de Oxford e um dos autores do estudo, alertou que a segunda dose é necessária, já que ainda não está claro quanto tempo a proteção com uma dose pode durar.

“A longo prazo, uma segunda dose deve garantir imunidade de longa duração. Por isso, encorajamos todos que tomaram a primeira dose a tomar a segunda”, explicou Andrew Pollard, professor da Universidade de Oxford.

Diminuição na transmissão

Além de promover uma proteção alta após a primeira dose, a vacina de Oxford também pode ter a capacidade de reduzir em até 67% a transmissão do novo coronavírus.

Um outro estudo, publicado pela Public Health England (PHE), agência de saúde da Inglaterra, analisou duas vacinadas usadas no país: Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca. Segundo os pesquisadores, uma dose das vacinas é capaz de reduzir a transmissão domiciliar pela metade. A pesquisa ainda não foi publicada em revista científica.

Os pesquisadores observaram pessoas infectadas pelo coronavírus três semanas depois de tomarem uma dose e concluíram que o risco delas transmitirem o vírus para outro morador da mesma casa, que não tenha sido vacinado, cai até 49% (entre 38% e 49%).

A vacina também impede que a pessoa imunizada (em qualquer faixa etária) desenvolva infecção sintomática no início, reduzindo o risco em cerca de 60% a 65% quatro semanas após uma dose.

Cuidados devem continuar

Uma dose da vacina pode conferir uma proteção alta, mas isso não significa abandonar as medidas não farmacológicas. A pessoa imunizada deve continuar usando máscaras, deve evitar aglomerações e precisa manter a higiene das mãos.

“As medidas preventivas devem continuar. Nós ainda estamos numa elevada transmissão. Estamos com três mil óbitos diários e sabemos que muitas pessoas ainda não foram vacinadas. Além disso, temos as novas variantes. Enquanto não tivermos 80%, 90% da população vacinada, devemos manter as medidas”, alerta Croda.

Estudos ainda estão sendo feitos para comprovar que as vacinas conseguem interromper a transmissão do vírus, como já explicou a vice-diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão.

“A vacina é uma das ferramentas para auxiliar a passar essa fase aguda da epidemia, mas não é a única. As vacinas que temos disponíveis não comprovaram serem eficazes para a transmissão da doença. Elas são eficazes para evitar que a doença progrida para casos graves”.

G1

01/05/2021
Por Danilo Evaristo em Notas

IBGE estima que desempregados no Brasil sejam 14,4 milhões

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

O número de desempregados no Brasil foi estimado em 14,4 milhões no trimestre encerrado em fevereiro, o maior contingente desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada ontem (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas desocupadas em relação ao trimestre anterior, de setembro a novembro de 2020, quando a desocupação foi calculada em 14 milhões de pessoas.

Mesmo assim, segundo o IBGE, a taxa de desocupação ficou estável em 14,4% em relação ao trimestre anterior (14,1%), mas apresentou alta de 2,7 pontos percentuais na comparação com igual trimestre do ano passado, quando foi estimada em 11,6%.

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, embora haja a estabilidade na taxa de ocupação, já é possível notar uma pressão maior com 14,4 milhões de pessoas procurando trabalho. A pesquisadora destacou que não houve, nesse trimestre, geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades econômicas, muitas ainda retendo trabalhadores, mas outras já apontando um processo de dispensa como o comércio, a indústria e alojamentos e alimentação.

Trabalho informal

“O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos que já vimos em outras divulgações – a importância do trabalhador por conta própria para a manutenção da ocupação”, disse Adriana, em nota.

De acordo com o IBGE, a estabilidade do contingente de pessoas ocupadas – aproximadamente 85,9 milhões no trimestre encerrado em fevereiro de 2021 – é decorrente da informalidade, com o aumento dos trabalhadores por conta própria. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o contingente de pessoas ocupadas apresentou queda de 8,3%, representando uma redução de 7,8 milhões de empregados.

Apenas a categoria de trabalhadores por conta própria, que totaliza 23,7 milhões de pessoas, apresentou crescimento (3,1%) na comparação com o trimestre anterior (setembro a novembro de 2020), significando a adição de 716 mil pessoas neste contingente. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador apresentou uma redução de 824 mil postos.

As demais categorias apresentaram estabilidade em relação ao trimestre anterior. Os trabalhadores do setor privado com carteira de trabalho assinada foram calculados em 29,7 milhões de pessoas. Os empregadores e trabalhadores do setor privado sem carteira assinada somam 9,8 milhões de pessoas. E os empregadores são 3,9 milhões de pessoas.

Estabilidade

A população fora da força de trabalho – que não estava nem ocupada nem desocupada na semana de referência – manteve-se estável em 76,4 milhões, quando comparada com o trimestre de setembro a novembro de 2020. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 15,9% com o acréscimo de 10,5 milhões de pessoas.

A analista do IBGE disse, ainda, que esse é um indicador que cresceu muito em 2020, em função do afastamento das pessoas do mercado de trabalho, voltando a se retrair a partir de outubro e agora encontra-se estável.

“Essa população fora da força foi afetada pelas restrições de funcionamento das atividades econômicas e pelas medidas de proteção. Muitas deixaram de procurar trabalho, outras perderam o trabalho e não viam condições de se reinserir, parando de exercer pressão no mercado de trabalho. Quando confrontamos com fevereiro de 2020, a população fora da força de trabalho é muito maior em função da própria dinâmica que a pandemia trouxe para o mercado de trabalho”, afirmou.

01/05/2021
Por Danilo Evaristo em Notas

Policiais Rodoviários Federais do Rio Grande do Norte doam cestas básicas para comunidade carentes

Policiais Rodoviários Federais do Rio Grande do Norte, realizaram no decorrer do mês de abril, um gesto de solidariedade doando mais de 100 cestas básicas para as comunidades de Santa Paula, localizada no município de Ceará-Mirim/RN, Santana, localizada em Mossoró/RN e para comunidades no município de Bom Jesus/RN.

Os policiais se uniram para amenizar as dificuldades enfrentadas pela população localizada às margens das BRs do RN durante a pandemia. A ação contou com a participação de PRFs que trabalham na atividade operacional bem como dos que trabalham na atividade administrativa.

A distribuição dos alimentos foi realizada no município de Ceará-Mirim pelos próprios policiais, já nos municípios de Bom Jesus e Mossoró a distribuição contou com a participação das ONGs Casa de Maria e O Bem por Alguém, respectivamente.

Mais uma vez, a mobilização solidária e a união dos servidores foram fundamentais para o sucesso dessa campanha.

01/05/2021
Por Danilo Evaristo em Notas

Em votação unânime, impeachment de Wilson Witzel é aprovado

Por Cynthia Cruz – Repórter da Rádio Nacional

Em uma votação unânime, o Tribunal Especial Misto aprovou o impeachment do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que já estava afastado desde agosto do ano passado. Com isso, Cláudio Castro assume definitivamente como governador do Estado.

Além disso, nove dos dez integrantes também decidiram que o agora ex-governador do Rio de Janeiro ficará inelegível por cinco anos.

Wilson Witzel foi denunciado pelo Ministério Público Federal por participação em um esquema de desvios de recursos na área da saúde, que seriam aplicados no combate à pandemia de covid-19.

No processo de impeachment, Witzel foi condenado por crimes de responsabilidade na resposta do governo do estado à pandemia e, especificamente, pela requalificação da organização social Instituto Unir Saúde ao assumir contratos com a administração pública e a contratação da OS Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) para a construção e gestão de hospitais de campanha no ano passado.

No final da sessão que durou mais de dez horas, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Henrique Carlos de Andrade Figueira, disse que o impeachment acaba com um “câncer” e “extirpa um mal”.

A defesa de Witzel negou todas as acusações e pediu a anulação do processo, o que não ocorreu. O agora ex-governador não compareceu à sessão. Ficou de casa publicando críticas pelas redes sociais sobre os votos dos parlamentares e desembargadores e afirmou que não desistirá do cargo. Ele acusou o processo de ter motivação política. Witzel ainda pode recorrer da decisão.


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