07/06/2025
Por Danilo Evaristo em Saúde

Com vacinação em 35%, Brasil vive surto de influenza; alta de casos atinge 15 estados e o DF

Foto: Prefeitura de Volta Redonda

Com a cobertura vacinal da gripe em pouco mais de 35%, o Brasil vive um surto de influenza, segundo os infectologistas.

De acordo com o boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (5), 15 estados e o Distrito Federal estão em situação de alerta, risco ou alto risco para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Segundo o documento, os altos níveis registrados estão relacionados ao crescimento de hospitalizações por influenza A.

Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que a alta de casos de gripe é tradicional entre o fim do outono e início do inverno, mas que o nível de atividade da doença varia em função da virulência da cepa que está circulando.

“Sem dúvida estamos vivendo uma temporada [de influenza] importante esse ano, com um número grande de hospitalizações pelo vírus influenza” alerta.

Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, também caracteriza a situação vivida pelo Brasil como um surto importante, com um número de casos acima do habitual.

Os especialistas destacam que os baixos índices de vacinação contribuem para a alta nos casos e internações registrados.

Baixa cobertura vacinal

Dados do painel do Ministério da Saúde apontam que apenas 35,96% do público-alvo a ser vacinado contra a influenza já se imunizou. A porcentagem fica muito abaixo da meta do governo, de atingir 90% do público prioritário.

Os grupos de risco incluem crianças, gestantes e idosos acima de 60 anos, que têm direito à imunização gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, com a baixa procura, algumas capitais como São Paulo e Rio de Janeiro também já liberaram a vacinação para toda a população.

Segundo os dados do ministério, a situação é mais preocupante no estado do Rio de Janeiro, onde somente 21,75% do público-alvo já se vacinou. Bahia, Maranhão, Mato Grosso e Pernambuco completam a lista dos piores estados, com índices próximos a 30%.

Se analisados os diferentes grupos dentro do público-alvo estabelecido pelo governo, os idosos são os que concentram a maior cobertura vacinal – ainda que baixa – com 38,83%. As crianças estão com a cobertura em 30,5% e as gestantes, em 23,35%.

G1


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