30/04/2024
Por Danilo Evaristo em Saúde

Brasil passa de 2 mil mortes por dengue em 2024; casos estão em queda em 13 estados e no DF

Foto: CDC

G1

O Brasil passou de 2 mil óbitos por dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta terça-feira (30), o país registrou 2.073 mortes nas primeiras dezessete semanas deste ano.

Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.094. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.

No mesmo período do ano passado, em 4 meses, o Brasil tinha 671 mortes. Além disso, até o momento, 4.176.810 casos foram registrados nas primeiras dezessete semanas deste ano, uma taxa inédita. Em 2023, foram 989.924 casos entre as semanas 01 e 17.

Também de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, no momento, 13 estados e o Distrito Federal têm tendência de queda da doença: Acre, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Outros 8 seguem com tendência de estabilidade (AL, AM, BA, MA, MS, PE, PI, RS) e 5 têm tendência de aumento (CE, MT, PA, SE, TO).

“Eu tenho usado a metáfora que subimos a montanha e agora estamos descendo. Mas nessa descida temos ainda muitos casos que podem acontecer e óbitos que podem ser evitados. Então, precisamos sempre lembrar que ainda é importante que estejamos em alerta”, disse a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, numa coletiva de imprensa em Brasília na tarde desta terça-feira.

Ela destacou ainda que este anos estamos observando uma epidemia de dengue que apresenta um padrão distinto em comparação com outras.

Isso porque, de forma geral, houve um período de oito semanas para sua ascensão, e agora o Ministério da Saúde espera uma queda igualmente distribuída dos casos ao longo das próximas oito semanas.

Isso explica o fato de que os estados que agora demonstram uma tendência de estabilidade terem sido os primeiros a registrar um aumento de casos e óbitos.

“Esta dinâmica contrasta com epidemias de anos anteriores, que geralmente demandavam cerca de 14 semanas para atingir esse estágio [de alta e queda]”, acrescentou Maciel.

Questionada pelo g1 sobre o fato de que, mesmo nesse cenário de queda, estados como Sergipe, Rondônia, Rio Grande do Sul, Amapá e Pernambuco apresentam o dobro da média nacional (4,43) em letalidade nos casos graves (4,43), a secretária destacou que, para uma análise preliminar, essa comparação não seria adequada, uma vez que o ano ainda não está finalizado e há diversos óbitos em investigação.

“O cenário ainda inspira preocupação, e a letalidade está diretamente relacionada à qualidade da rede de atenção e assistência. Quanto mais organizada a rede de atenção e assistência local, maior a capacidade de absorver esses casos e fornecer um atendimento diferenciado”, disse.


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