31/10/2018
Por Danilo Evaristo em Notas

Desemprego tem menor taxa de 2018 no trimestre encerrado em setembro

Jornal Nacional

No trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego foi a menor de 2018: 11,9%. E um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) identificou os brasileiros mais atingidos pela falta de trabalho.

Com diploma, mas sem carteira de trabalho. A publicitária Jéssica faz longas caminhadas em busca de um emprego, que ainda não conseguiu aos 27 anos. “Já procurei na área, fora da área, balconista, mercado, auxiliar de serviços gerais”, diz.

No universo do desemprego, cada um vai se virando como pode à espera da próxima oportunidade. Mas um estudo do Ipea mostra que tem uma parcela da população que é mais afetada pelas variações do mercado. Para esses brasileiros fica mais difícil conseguir uma vaga. Justamente os grupos dos quais Jéssica e Bruna fazem parte: mulheres negras e jovens.

O estudo usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, nos últimos seis anos, e levou em conta o período entre o segundo trimestre de 2014, ponto mais baixo da taxa de desemprego, e o primeiro trimestre de 2017, o ponto mais elevado.

Concluiu que, em três anos, a taxa de desemprego para as mulheres negras saltou de 10% para 18%. Já entre as mulheres brancas, foi de 6% para 11%.

Levando em conta a faixa etária, a situação é ainda pior. Entre os mais jovens, o índice saltou de 12% para 23%, mais do que o dobro do verificado para quem tem de acima de 30 anos.

“Fazendo esse diagnóstico é o caso de começar a se pensar se há, e se há, quais são as políticas que podem ser adotadas para mitigar os problemas daqueles grupos que estão sofrendo mais com as mudanças no mercado de trabalho”, explica o pesquisador do Ipea.


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