PR já dá sinais de adesão ao possível governo Temer
Indicado pelo PR para vice-presidência do BB, João Maia poderá permanecer no governo Temer (Foto: Wellington Rocha)
Estadão Conteúdo – Principal líder do PR atualmente, o ex-deputado Valdemar Costa Neto já afirmou a aliados que não vai se opor à participação da legenda em um eventual governo Michel Temer. A sinalização do ex-parlamentar, que atualmente cumpre prisão domiciliar por condenação no mensalão do PT, é apontada como principal senha para possibilitar o apoio unânime da legenda a um futuro governo do peemedebista.
Até a votação do impeachment na Câmara, Valdemar defendeu a permanência do PR na base aliada da presidente Dilma Rousseff. Segundo aliados, ele argumentava que a sigla devia gratidão por todo o espaço que teve durante os governos do PT. A defesa feita por Valdemar provocou inclusive rachas no partido, como a saída do deputado Maurício Quintella (AL) da liderança do PR na Câmara para apoiar o impeachment de Dilma Rousseff.
O deputado Alfredo Nascimento (AM) também protagonizou outro racha, ao renunciar à presidência do PR segundos antes de anunciar voto pró-impeachment. A atitude surpreendeu governistas já que ele tinha sido ministro dos Transportes no primeiro mandato de Dilma.
Com a certeza cada vez maior do afastamento de Dilma pelo Senado (a votação está prevista para 11 de maio) e com o placar da votação do impeachment na Câmara na bancada do PR (26 votos a favor e 14 contra), a situação mudou. “Ele (Valdemar) já falou que não vai se opor (a participação do PR em um governo Temer) e claro que a opinião dele tem uma influência muito grande sobre o resto do partido”, diz o deputado Maurício Quintella, que diz falar “toda semana” com o comandante do PR.
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